15/05/2024
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Tuco Pellegrino

Tuco Pellegrino

(Foto: O Globo)

No próximo dia 6 de julho de 2011, Tuco e Batalhão de Sambistas sobem ao palco do Teatro Rival para o lançamento do CD “PESO É PESO” em terras cariocas. O palco escolhido para o desfile de sambas da mais pura beleza é o do tradicional Teatro Rival no centro da cidade do Rio de Janeiro.

O site PortelaWeb entrevistou, na última quinta-feira, o líder do grupo Tuco, que falou um pouco sobre a carreira do grupo, sobre o CD e sobre futuros projetos. Confiram!

PortelaWeb: Conte um pouco sobre a trajetória artística do grupo: início de carreira, como se reuniram, etc.

Tuco Pellegrino: Iniciamos no ano de 2009 movidos por uma vontade de dar continuidade a um projeto de cantar sambas antigos, pouco conhecidos ou inéditos, devido ao material garimpado durante alguns anos e também com sambistas diretamente da fonte, como Monarco e Nelson Sargento, além de um acervo muito rico a que viemos ter acesso por intermédio da Cristina Buarque.

PW: É a primeira vez que o grupo se apresenta na cidade do Rio de Janeiro?

TP: Segunda vez. A primeira foi em um evento de cultura no Centro de Convenções Sul América.

PW: Esse é o primeiro álbum do grupo?

TP: Sim.

PW: Como surgiu a ideia de fazer o “PESO É PESO”?

TP: A ideia é bem antiga, porém, juntamente com o apoio da minha esposa e do amigo Alfredo Castro, também componente do grupo, conseguimos juntar um time que tivesse boa harmonia e batucada pesada. Bolei o repertório e começamos a ensaiar, convidamos a Cristina, o Nelson Sargento e o Monarco, além das coristas Francineth e Keila Santos e dos amigos Rafael Loré, Fernando Paiva e Janderson, e estava formada a nossa ideia. Daí fomos gravar ao vivo…

PW: Todas as músicas são inéditas? Como foi o processo de pesquisa?

TP: Não, porém as que tiveram gravação foram registros bem antigos, além de sambas como o do Mano Edgar do Estácio, que havia sido gravado mas com o nome de outro compositor. Focamos em algumas escolas de samba e optamos por trazer um repertório diversificado que tivesse um pouco de cada ritmo (maxixe, samba-choro, marcha e o samba de terreiro que é a maior influência do conjunto).

PW: Boa parte do CD/DVD reúne sambas de compositores portelenses. Qual o significado desses compositores para você e o grupo? Alguma influência em especial?

TP: Sim, a influência vem do registro do disco “Passado de Glória”, produzido por Paulinho da Viola. Particularmente eu me identifico muito com os sambas de Osvaldo Cruz daquela linhagem mais antiga de se fazer o samba.

PW: Quem não pesa quanto vale?

TP: Quem não pesa é braço…  PESO é PESO e BRAÇO É BRAÇO !!  rsrs

PW: Ficha técnica do grupo: músicos e instrumentos que tocam.

TP:
Violão 7 – João Camarero
Violão  – Junior Pita
Cavaquinho – Lucas Arantes
Pandeiro – Roberto Amaral
Cuíca – Alfredo Castro
Tamborim – Jorge Garcia
Percussão Geral – Rafael Toledo
Surdo – Donga
Voz – Tuco
Coro – Alfredo Castro, Jorge Garcia, Roberto Amaral, Donga

PW: Novos projetos e/ou novas pesquisas em andamento?

TP: Pesquisa sempre acontece, coisas novas, “velhas” ou inéditas. Importante é ter a sensibilidade para trazer o samba inédito de uma forma que a mensagem seja transmitida, e o regional, junto com essa batucada pesada, me deixa bem tranquilo e à vontade para fazer esse trabalho de que gosto muito. Estamos num processo de criação, compondo sambas, e daí temos uma ideia sim de traçar alguma coisa com nossos sambas, mas a força sempre vai estar ligada aos terreiros de samba das escolas do Rio de Janeiro – Portela, Estácio, Mangueira, Império, Salgueiro, entre outras.

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