16/05/2024
EntrevistasMemória

Alex Fabi

Alex Fabi

2011

Militar, graduado em Administração, discreto, tímido e com sangue azul: filho de Ivete, famosa pelo tempero do feijão, e sobrinho de Silvinho do Pandeiro, uma das mais famosas e bonitas vozes da Portela nos desfiles, o diretor geral de harmonia Alex Fab praticamente dorme na escola: sempre nos ensaios de quadra e dando expediente no barracão da Cidade do Samba, ora reunido com o presidente Nilo Figueiredo, ora com o carnavalesco Roberto Szaniecki.

Ao contrário do que (alguns) pensam, ele não chegou “outro dia”: desfila desde criança e teve a honra de compor, em 1983, o grupo de pajens que acompanhavam a Comissão de Frente naquele ano de “A Ressurreição das Coroas”, já contou Alex com indisfarçável orgulho.

Especialista em RH, procura aplicar em seu trabalho com a equipe de harmonia seus conhecimentos de técnicas de motivação, atingindo diretamente o componente. Sem dúvida, vem obtendo êxito: só vem somando à inata paixão portelense, a compreensão do enredo apresentado e a consciência da disciplina, sem jamais abrir mão da alegria, do sorriso estampado no rosto e do orgulho da Águia. Foi assim, por exemplo, no “bate-papo” com a comunidade no último dia 27, quando pediu desculpas pelos equívocos do carnaval 2010 e empenhou sua palavra de que todos receberão fantasias com qualidade e bom acabamento, sem atropelos.

Alex é assim: fala pouco. Mas, parece cada vez mais à vontade em público e chamando para si a responsabilidade com toda uma coletividade, como portelense e como diretor. Solícito sempre, gentil e também enérgico quando a ocasião pede.

Para o carnaval 2011, acredita na força da comunidade para, mais uma vez, fazer a diferença. “Gosto de trabalhar com pessoas, motivando-as sempre”, afirma. E é com essa motivação que também crê na força do samba, no balanço da bateria Estandarte de Ouro de Mestre Nilo Sérgio e no talento e no profissionalismo do carnavalesco Roberto Szaniecki: “Vejo que ele está vestindo a camisa da Portela e também está muito animado, entendendo as particularidades da Majestade”, reflete.

Sua estreita relação com o carnavalesco, aliás, deve ser ressaltada. Os contatos são freqüentes e as trocas de idéias também. Tanto Alex quanto Roberto estão trabalhando duro para que o público na Marquês de Sapucaí não tenha tempo de respirar com os diferentes “climas” e surpresas pensados para o desfile. No que depender deles, a Portela será mais Portela do que nunca.

Na sua opinião, a Portela, hoje, tem uma equipe das mais qualificadas do grupo especial e os dez quesitos estão muito bem. Seu objetivo é manter a excelência do “chão” portelense e ajudar o carnavalesco em realizar bem o belo projeto do enredo “Rio, azul da cor do mar”.

 

Autor: Rogério Rodrigues.

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